domingo, 12 de dezembro de 2010

Olhos Invisíveis

Este desenho começa
com lápis e tinta na folha
riscos que passam rápido
e caem aqui como gota.


Visto outro céu
 sem travas,
um espaço
que chove canções
 ainda não decifradas.

Depois de polir
a pedra bruta
entre um eco
 e um afeto.

Em túneis
 de labirintos e círculos,
com olhos invisíveis
 dentro da pele,
o lugar mais profundo
 do oceano
qual mapa igual
 não existe.

Mas desperta
 a nascente,
do rio
dentro da gente
de esquinas
 em infinitos
dos trilhos,
sem aviso
na estação.
Da janela do trem
avista-se o abismo
mas existem caminhos

esses sentidos
que sutilmente dançam.